sábado, 2 de outubro de 2010

A enxaqueca não é minha amiga

Chegou pela calada da madrugada, insidiosa e latejante. Surpreendeu-me no meu sono, impedindo-me de actuar prontamente. Senti-a chegar, mas ainda estava emersa num sono nebuloso. Quando acordei com um peso em cima das pálpebras e um intenso apertar das têmporas, já ela estava instalada para ficar. Deixei-me estar, no escuro do quarto, deitada, de olhos fechados, muito quieta.
A realidade não me deixou ali permanecer e todos os simples gestos do dia, me pareceram titanescos e desajeitados, como se me tivesse esquecido de como se executavam.
Os sons ecoaram na minha cabeça como se nela habitassem, atingindo o mais profundo e mais recôndito neurónio sobrevivente. Sinto-me tão oca que duvido agora que me tenha sobrado algum.
Vou tentar dormir...vou apanhar papoilas e elfos, se os conseguir alcançar.

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